21 maio 2008

Pílula do Dia Seguinte

O aborto por aqui é legal e até já ouvi dizer que quando você está grávida e vai ao médico pela primeira vez ele te pergunta se você quer ter o bebê ou quer interromper a gravidez. Bom, quem já engravidou aqui pode confirmar se esta história é verdadeira ou não.

A questão é que o governo liberou a venda da "pílula do dia seguinte" nas prateleiras das farmácias, ou seja, ao invés de ficar apenas ao alcance do farmacêutico, agora qualquer pessoa poderá ter acesso a ela.

Ela tem sido vendida sem prescrição médica desde 2005 mas quem quisesse comprá-la teria que pedi-la ao farmacêutico e preencher um formulário que seria arquivado na própria farmácia. Segundo as mulheres, responder a este questionário era algo constrangedor, já que era necessário expôr sua intimidade.

A pílula pode ser tomada até 72 horas depois da relação sexual para prevenir uma gravidez indesejada. Há muita polêmica sobre isso porque algumas pessoas acham que ela é uma pílula abortiva, mas os especialistas garantem que não, que o papel da droga é impedir a ovulação ou a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, que pode demorar até 3 dias para ocorrer.

Se tomada até 24 horas depois do sexo desprotegido sua eficácia chega a 95%, no entanto, ela não deve ser usada como método contraceptivo e recomenda-se seu uso apenas em casos de emergência.

Leia a reportagem aqui.

3 comentários:

Taís Jacques disse...

Nossa só pelo seu post que a gente sente quanto somos desinformados aqui no Brasil, digo isso, pq já ouvi comentários terríveis sobre essa pílula, e como o aborto é ilegal aqui, o governo nem comenta muito, santa ignorânica.

O que é a visão do primeiro mundo quanto o aborto, pelo seu post parece uma coisa bem natural, não tem toda a a dramaticidade dos latinos, e o pior que aqui existe, e fazem tudo escondido com as piores condições possíveis, e se for discutir sobre assunto, parece que o mundo vem abaixo. Eta! país da hipocrisia...

um forte abraço!

Taís Jacques

Anônimo disse...

boa notícia.
infelizmente é nos países mais desenvolvidos que essas opções ficam mais acessiveis, né?
enquanto por aqui...

K disse...

Humm... essa é uma das questão que sou radical. Sou contra aborto, menos quando o feto é anencéfalo ou algo assim, mas aí eu não considero aborto.

Quanto à pílula do dia seguinte, o que estudei é que ela não permitia a nidação (que o óvulo fecundado "grude" na parede do útero), já que induz a menstruação. Sendo assim, pra mim, é aborto, e sou contra também. Essa informação de que essa pílula impede a ovulação é nova pra mim. Nesse caso, bom... é como um anticoncepcional de emergência, né?

De qualquer maneira, se o aborto é permitido no país, faz sentido que o acesso pílula seja facilitado, né?

Beijo,

K.