28 agosto 2008

Mudando de casa

Fazer mudança aqui não é tão fácil como no Brasil porque a mão-de-obra é cara, portanto, quem vai fazer toda a parte pesada será você mesmo.

A primeira coisa a fazer é alugar um caminhão. Várias empresas como U-Haul, Budget e Discount fazem esse serviço e ainda vendem outros acessórios como plástico bolha, caixas de papelão e até alugam carrinhos para carregar coisas pesadas (chamam-se dolly).

Se você mora em apartamento, reserve o elevador para o dia da mudança nos dois edifícios e faça o horário do término da reserva do primeiro coincidir com o início da reserva do local de destino.

Uma semana antes providencie a mudança de endereço de todas as suas correspondências. O Canada Post oferece um serviço por $35 para encaminhar para o novo endereço, durante 6 meses, todas as suas correspondências que forem enviadas para o endereço antigo. O melhor é que o serviço pode ser contratato pela internet. Junto com isto ele também fornece uma tabela de coisas que você tem que fazer antes, durante e depois da mudança, como contatar os diversos órgãos para atualização de endereço (banco, escola das crianças, driver’s licence, luz, telefone, family doctor, veterinário, etc).

E onde conseguir caixas de papelão? As empresas que citei acima vendem todo tipo de caixa, assim como a IKEA, mas se você não quer gastar um dinheiro desnecessário pode consegui-las em estabelecimentos comerciais como o LCBO ou ate através de classificados na internet. Algumas pessoas doam suas caixas depois que se mudam.

Nós achamos caixas da U-haul inteirinhas e praticamente novas na salinha de recicláveis do nosso prédio. Depois de usadas, a U-haul recompra suas caixas mediante a apresentação do recibo de compra.

Uma coisa que tinhamos em mente desde de que chegamos é que não ficaríamos muito tempo no apartamento que alugamos, portanto, compramos o mínimo de coisas possível para não dar muito trabalho na hora de nos mudarmos.

Agradeço ao Claudio que nos ajudou a carregar e descarregar o caminhão. Sem ele não teríamos conseguido retirar tudo do apartamento nas 2 horas em que tivemos direito à reserva do elevador. Valeu! Conte conosco quando chegar sua vez!

16 agosto 2008

Malas


A compra das malas foi um grande dilema para nós porque lemos muitas opiniões divergentes mas a maioria falava que era melhor comprar malas de boa qualidade por causa da forma como elas eram (mal) manuseadas no aeroporto.

Depois de nossa vinda para cá e de uma ida aos EUA chegamos à conclusão que não vale a pena gastar dinheiro com malas caras porque nas duas viagens que fizemos elas foram danificadas.

Quando viemos do Brasil uma de minhas malas (novinha em folha) chegou com o (grosso) tecido rasgado e na outra vez quebraram uma das rodinhas e a sujaram toda. Portanto, se você não quiser disperdiçar seu rico dinheirinho nem pense em comprar algo de alta qualidade porque existe uma grande possibilidade de que sua mala não chegue no mesmo estado em que saiu do Brasil.

E o que fazer se sua bagagaem foi muito danificada?

Em casos de dano, a bagagem deve ser retirada da esteira do aeroporto pelo passageiro, que precisa comunicar o problema à empresa aérea. Um relatório será preenchido em três vias (uma fica com o passageiro) contendo todos os detalhes sobre os danos, apontando até mesmo as possibilidades de reparo.
A empresa aérea imediatamente promoverá investigação e se responsabilizará pelo pagamento de indenização ou reparo, na forma da lei, ressalvados os casos de dolo, má-fé, ou, ainda, embalagem inadequada para transporte.
A empresa aérea não aceita reclamações referentes a dinheiro, jóias, máquinas fotográficas, filmadoras e outros objetos de valor. O passageiro deve ler atentamente a contra capa do bilhete de passagem, onde constam as limitações de responsabilidade da empresa aérea no transporte da bagagem.
Ao deixar para reclamar de dano, violação ou extravio, por carta, o passageiro está sujeito a prazos imprevisíveis para receber indenizações.

13 agosto 2008

O que trazer - Parte II

O Paulo Melo fez um comentário em um post antigo e achei a resposta do Pedro tão boa que resolvi publicar como um outro post.

Peço que vocês nos enviem perguntas por e-mail ou então nos informem um e-mail para darmos retorno.

A pergunta era se valia a pena trazer eletrônicos para o Canadá, tais como aparelho de DVD e home theatre.

Se vale a pena trazer esses aparelhos vai depender de várias coisas:

1- Cabe na mala? Não vai tirar o espaço de coisas mais essenciais? Se você acha que consegue viver algumas semanas sem um DVD com home theatre, talvez tenha coisas mais importantes para trazer. E pode aproveitar essas semanas para conhecer a cidade, passear pelos parques, procurar uma boa casa etc.

2- Você consegue vender antes de viajar? Se conseguir vender aí por um bom preço, nem preciso lembrá-lo que aparelhos melhores e mais modernos estão sempre aparecendo no mercado, seja no Brasil, seja no Canadá.

3- O preço de um equivalente aqui vale a pena? Para ver o preço dessas coisas por aqui, você pode entrar no site da Future Shop (
www.futureshop.ca) ou da Best Buy (http://www.bestbuy.ca) só para citar dois exemplos.Compramos um DVD + home theatre bem baratinho, da marca mais simples, e com a desconto por já ter sido aberto, numa Best Buy nos Estados Unidos quando fui visitar a minha irmã. Mas quem não quiser economizar tanto, pode escolher entre vários modelos disponíveis.E quem tiver mais coragem pode ir no Pacific Mall (www.pacificmalltoronto.com), no meio de um bairro chinês no fim da cidade, que é uma espécie de Galeria Pajé daqui. Eu mesmo ainda não tive essa coragem.

Em geral, eu me preocuparia mais com coisas que não têm equivalente aqui, como certas roupas, calçados e livros, do que com coisas que são iguais no mundo todo, como eletrônicos.

12 agosto 2008

Family Doctor II


Como comentei no meu penúltimo post, hoje fui me consultar com a minha pretendida family doctor, mas infelizmente não fui aceita por causa de uma política da clínica.
Antigamente, quando os pacientes não gostavam de um médico (provavelmente o meu) podiam mudar para outro da mesma clínica, mas deu confusão (provavelmente meu médico ficou sem pacientes) e eles não permitem mais que isso aconteça. Uma pena porque passei com esta médica e uma outra e achei as duas excelentes, consultório limpinho, comunicativas e interessadas; exatamente o oposto da múmia do meu family doctor.

Apesar do site e de recentes pacientes dela dizerem que ela está aceitando novos pacientes, a secretária e ela me juraram que não, e mesmo que ela estivesse, eu não seria aceita por causa da política da clínica.

De qualquer forma, entrei em um site para busca de family doctors e consegui marcar para outubro uma consulta com uma family doctor aqui pertinho de casa. Portanto, um pouco antes de vocês completarem 3 meses no Canadá (que é o tempo de carência do OHIP) sugiro que já vão procurando um family doctor porque não é fácil encontrar.

Eu consegui essa múmia logo na primeira tentativa, mas tenho procurado por outro desde a primeira consulta com ele (rsrsrsrs) há 10 meses.

Para ajudar na busca, guardem com carinho o site acima e o Rate MDs.com, que passei também no penúltimo post. Ele tem a avaliação dos médicos de Ontario e os comentários costumam ser de pacientes. Eu já botei a boca no trombone por lá.

06 agosto 2008

Neighbours, eh?


Para quem ainda fica curioso com o "sotaque" canadense, saibam que até a Casa Branca se preocupa com isso. Vejam só esta notícia que eu encontrei hoje, sobre um manual usado pela comitiva americana que visitou o Canadá há 4 anos. Além de explicar o significado da expressão "eh?", ainda ensina que aqui, para chamar uma pessoa para si, usa-se a mão inteira, e não apenas o indicador. Também recomenda tirar os ósculos de sol durante uma conversa e o chapéu quando dentro de casa. Imagino que americanos precisariam dessas instruções...

Um aspecto do Canadá para o qual eu só atentei depois que cheguei aqui é o fato de que só temos um vizinho. Bem diferente do Brasil, que faz fronteira com nada menos que dez países. E o Canadá parece estar culturalmente muito mais próximo do seu único vizinho do que o Brasil de qualquer dos seus dez. Sem mencionar que essa fronteira, o famoso "49th parallel", já foi decantado como a única fronteira não vigiada do mundo (faz tempo...).

É claro que o Canadá tem a sua própria história, sua própria cultura, sua própria personalidade, e até, em certa medida, o seu próprio sotaque! Por que não? Sem mencionar o charme peculiar da parte francófona. Eu passei apenas um dia nos Estados Unidos e podia perceber a todo momento que não estava no Canadá. No entanto, não me parece que a distância seja tão grande para precisar de "manual de instruções" como esse.

Já que estamos falando em fronteiras, às vezes eu tenho a impressão que alguns americanos gostariam que os Estados Unidos fossem uma ilha, para não ter nenhuma. Talvez seja uma herança britânica que não pegou aqui no Canadá.


05 agosto 2008

Family Doctor


Encontrar um family doctor em Toronto é uma tarefa difícil; encontrar um BOM family doctor é mais difícil ainda porque ele pode ser bom para uns e ruim para outros, mas com a ajuda deste site fica mais fácil avaliar e escolher o seu.

Os comentários que vi sobre o meu atual médico não me surpreenderam - uma múmia em pessoa - e só me incentivaram a procurar outro. Tenho consulta marcada na próxima semana com uma médica na mesma clínica. Infelizmente ela foi mal avaliada neste site mas estou indo porque recebi ótimas recomendações de amigos que se tornaram pacientes dela recentemente. O negócio é tentar.

Na verdade, eu nem sei se ela ainda está aceitando novos pacientes. Como eu liguei já pedindo para marcar consulta com ela, a recepcionista apenas me perguntou se eu já havia estado lá. Disse que sim e dei meu nome. Ela nem se tocou que sou paciente de outro médico. Não é certo o que estou fazendo mas da outra vez que tentei fazer da forma correta meu family doctor não me permitiu me libertar dele e infelizmente a médica que adorei não estava aceitando novos pacientes.

O jeito é cruzar os dedinhos e torcer para que ela me aceite.

03 agosto 2008

Dia de cão



No meio da semana decidimos que iríamos para Niagara Falls neste domingo, mas quem disse que conseguimos alugar um carro? Pesquisamos vários lugares e até fomos pessoalmente em algumas agências, mas a resposta era sempre a mesma: SOLD OUT! Não é a primeira vez que passamos dificuldade para alugar carro em feriado. Ainda não consegui entender se tem gente demais nessa cidade ou oferta de menos.

Lembro-me de ler no blog da Luly que o Wander não estava conseguindo achar pneus de inverno em Toronto, sem falar da falta de pás para tirar neve que acabaram no meio da estação. Vai entender!

Pois bem, já que estávamos sem carro, pegamos nossas bicicletas e lá fomos nós para as Ilhas com a cachorrada.

O dia estava perfeito: não muito quente, metrô e ferry boat vazios e as ilhas lindas como sempre.
Nem preciso dizer que os filhotes adoraram. Nos acompanharam de bicicleta durante umas 2 horas e até banho no lago o Willy tomou!

Ele cismou com as ondas que estavam quebrando nas pedras e resolveu pular na água para "caçá-las". O bicho é muito sem noção e eu não acreditei que ele fosse pular. Assim que caiu na água começou a escalar a parede para eu tirá-lo de lá. Acho que ele não fazia a mínima idéia de que aquilo era água. FRIA!

Na volta fomos conhecer um café onde você pode entrar com seu cachorrinho e até dar uma olhada na exposição de fotos caninas. O nome do lugar é Paws Way Pet Discovery Centre e fica na 245 Queens Quay West.