26 agosto 2007

De volta ao Kensington Market

Dessa vez deu certo! Marcamos novamente de encontrar a Alexandra e o Alan no Kesington Market neste sábado.
Para quem não sabe o Kensigton é na verdade um conjunto de ruas perto da Spadina Av. e é o que realmente se pode chamar de "mercado multicultural" com produtos e pessoas das mais diversas (e ecléticas) nacionalidades. E é justamente por isso que você não deve ir achando que vai encontrar um ambiente bonito ou refinado, aliás, como muita coisa aqui em Toronto. Imagine se Mercado Municipal de São Paulo fosse a céu aberto sem aquela linda construção e mais apertadinho e antes da reforma de revitalização. Lembre-se que lá você come a melhor mortadela da cidade. Imaginou? O Kensigton é mais ou menos aquilo.

Mas voltando ao encontro com nossos mais novos amigos, podemos dizer que foi uma manhã das mais agradáveis (apesar da chuvinha fraca) em que ficamos jogando muita conversa fora, trocando experiências e comendo o famoso Bolo de Arroz português com um cafezinho "brasileiro" no Louie's (235 Augusta St). Mais uma vez, não se deixe levar pela cara de "butecão" do local.

Conversamos tanto que nos deu fome então fomos a um restaurantezinho mexicano bem simples ali perto mas nem por isso menos saboroso. Ah, e podem usar o banheiro porque estava impecavelmente limpo.

Novamente perdemos a noção da hora e só deixamos o restaurante depois das 2 da tarde porque tínhamos mais um compromisso: conhecer nossa (também nova) amiga Ana.

Através dela conhecemos no mesmo dia o casal Lu e Cris da Família GG, com que fomos de carona até Milton, uma cidade perto (pero no mucho) de Toronto. Lá encontramos a Lucia e o Sergio, que haviam chegado mais cedo.

A Ana é uma anfitriã de mão cheia e excelente cozinheira. A "reunião" também foi muito interessante, rimos, brincamos e trocamos mais experiências, que é a melhor parte de se conhecer pessoas, cada uma tem alguma coisa interessante para contar.

Infelizmente não pudemos encontrar as famílias da Ana e da Cris para um piquinique hoje lá no High Park porque tínhamos uma feijoada para comer com nossos mais novos amigos Alexandra e Alan, que nos apresentaram à Daniela.
Além da feijuca tinha um quiabinho com frango ótimo (para quem gosta de quiabo)!

Decidimos finalizar o almoço com um verdadeiro café expresso numa padaria portuguesa ali perto, na Dundas St. Aproveitando que eles tinham sobremesa, pedimos pudim de leite condensado (conhecido como "pudim caseiro") e pasteizinhos de nata (também conhecidos como pasteizinhos de Belém lá no Brasil).

Eu, como maníaca por coxinha, trouxe para casa algumas para matar a vontade. Aliás, se alguém tiver alguma receita de coxinha faça o favor de me passar, pois apesar de ser um perigo na cozinha estou disposta a me aventurar nesse setor. Se ficarem boas eu convido a dona da receita para experimentá-las!


23 agosto 2007

Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta

Depois de dias cinzas e friozinhos hoje resolveu aparecer um sol com temperatura agradável. Resolvemos então tirar os patins que trouxemos do Brasil e sair por aí.

Recentemente consegui comprar um daqueles patins antigos de rodinhas paralelas como esse aqui:
E foi por isso que resolvi trazê-lo para cá, afinal deu MUITO trabalho pra achar, além de ser o único patins que nunca machucou meu pé.
Pra minha surpresa, também recentemente, descobri que aqui no Canadá esses patins ainda são vendidos neste site. :)

Depois de nossa patinação resolvemos comprar um cortador de legumes no Wal-Mart para preparar um delicioso hot dog.

Lá fui eu de volta pra casa toda contente porque ia poder picar as coisas sem ficar com a mão cheirando a cebola.

Resolvi começar pelo tomate: lá se foi o primeiro. Ficou a coisa mais linda, todo quadradinho, picadinho em pequenos pedaços (nesse momento eu já estava imaginando que delícia que ficaria o molho). Vamos então ao segundo: abaixo a tampa e "crack", 5 segundos de respiração suspensa e um pensamento "esse crack não foi do cortador que eu acabei de comprar".

Pois é, meus caros amigos, infelizmente foi. Minha alegria durou pouco, mas eis que me lembro de vários posts comentando sobre troca da mercadoria ou seu dinheiro de volta. Ah, não tive dúvida, lavei o treco, coloquei na caixinha, peguei a notinha e lá fui eu pro customer service do Wal-Mart já pensando que teria que dar 1 milhão de explicações pra moça.

Depois de uma fila razoável (como as pessoas trocam mercadorias aqui!) chegou a minha vez. Uma senhora apática me atendeu e somente quis saber qual era o problema pra escrever logo num papelzinho e grudar na caixa do produto: "Broken? " e depois perguntou se eu queria outra mercadoria ou o dinheiro de volta.
Ah, minha senhora, eu quero o dinheiro de volta, vai que eu compre outro desse ele quebre de novo?
E assim recebi todo meu dinheiro de volta com direito até a restituição do imposto cobrado!

Voltei pra casa toda contente pra preparar meu hot dog com acidente de percurso. De cada 10 vez que eu vou para a cozinha 9 eu me machuco.
Ontem preparei um bolo de caixinha e queimei o dedo indicador na travessa quente. Hoje quase perdi o polegar da mesma mão tentando abrir uma lata de polpa de tomate.
Acho que nunca sangrei tanto na minha vida. O corte ficou feio e profundo, mas o meu hot dog ficou uma delícia!

18 agosto 2007

Fazendo mais amigos

Neste sábado fizemos um passeio muito agradável no High Park com o casal do Conexão Toronto. Além do casal encontramos outros amigos que eu estava ansiosa para conhecer:



Todos já sabem que virei fã incondicional dos esquilinhos que correm soltos pelos parques da cidade. Aqui mesmo, no parque em frente ao nosso prédio, é cheio deles mas nunca conseguimos nos aproximar porque são muito medrosos. Mas desta vez o Conexão Toronto nos ensinou o truque e levou amendoins para atraí-los. Esses bichinhos gostam tanto que até se arriscam a ir pegá-los na sua mão mas infelizmente assim que conseguem o que querem saem correndo em direção à árvore mais próxima.

Até então eu só tinha visto o esquilinho preto e estava louca para ver o cinza, que é maior e mais gordinho, além de se parecer menos com um rato. É um fofo!

O parque possui um mini zoológico que tem até capivara e canguru, mas o que me chamou a atenção mesmo foi um "boi" de franja. Não me lembro do nome do animal mas ele é muito engraçadinho, apesar de fedido:

Embora o passeio e a "prosa" com o Conexão Toronto estivessem muito agradáveis (pessoal, adoramos conhecer vocês!) tivemos que deixá-los por conta de um delicioso churrasco de picanha com a Helena e o Roberto que moram em Vaughan, uma cidadezinha ao norte de Toronto.

Ela nos pareceu muito longe já que levamos quase 1 hora até Downsview, a última estação da linha amarela do metrô. De lá ainda percorremos mais uns 30 minutos de carro com o Roberto, mas na volta percebemos que pela higway levamos exatamente 20 minutos de Vaughan até nossa casa, é realmente bem perto.

O local onde eles moram é uma gracinha, cheio de casinhas e fica ao lado do Wonderland, um parque de diversões que pretendemos conhecer no próximo verão.

O churrasco que o Roberto preparou estava uma delícia, teve até farofa, e para terminar a noite bem a Helena fez um pavê que eu costumava comer na casa da minha mãe e um pudim de leite condensado simplesmente divino. Depois disso tudo pretendo comer só uma saladinha amanhã.

17 agosto 2007

Skills for Change



Passamos a semana inteira no Skills for Change aprendendo como:
  • gravar uma mensagem para o voice mail no celular: essa atividade foi gravada em fita K-7 e depois o grupo ouviu o que cada pessoa falou,
  • telefonar para algum lugar e solicitar informações (ligamos de verdade para o TTC e para bibliotecas),
  • atender ao telefone quando um empregador ou recruiter te liga: fizemos uma simulação com os instrutores, eles nos colocaram em uma salinha com telefone e ligaram para nós fazendo inúmeras perguntas. Essa atividade conseguiu criar um pouco do clima de realidade,
  • fazer a sua "propaganda" para o empregador, o que eles chamam de 30" Comercial: a atividade também foi gravada em fita K-7 e depois o grupo ouviu e fez comentários,
  • portar-se em uma entrevista: essa foi a pior parte porque fomos novamente para uma salinha e fomos filmados como se estivéssemos em uma entrevista real. O resultado, na maioria das vezes foi bem pior do que imaginávamos e só então nos demos conta de quão despreparados estamos para qualquer tipo de mercado, seja o canadense ou brasileiro,
  • realizar "cold calls": admito que esta é a última coisa que pretendo fazer na vida. Para nós que não estamos acostumados com esse lado da cultura canadense é algo muito difícil porque você liga para as empresas nas quais deseja trabalhar em busca de emprego. Claro que tem todo um "teatro" porque você não vai simplesmente ligar e dizer que quer um emprego, você tem que dizer que está buscando informações sobre a empresa e gostaria de falar com alguém da sua área. Claro que a maioria te responde "não", mas se você conseguir uma entrevista pode ter grandes chances de aumentar sua networking e até conseguir um emprego, por que não?
  • fazer follow-up dentro de um processo seletivo: isto também é algo que sempre fiz sem sucesso no Brasil, as empresas não gostam que você fique ligando perguntando sobre o andamento do seu processo de seleção mas parece que aqui as coisas são diferentes e tem gente que consegue o emprego pela insistência,
  • responder àquelas perguntas chatíssimas que sempre te fazem nas entrevistas: "por que eu deveria contratá-lo?", "onde você imagina estar daqui a 5 anos?", "quais suas 3 principais qualidades e defeitos?", "por que você quer trabalhar para nós?", "tem alguma pergunta que você gostaria de fazer?". Para esta última a resposta é "SIM"! Isso mesmo, faça sempre umas 2 perguntas para mostrar que você tem interesse na vaga e na empresa. No Skills eles te dão as dicas de que tipo de perguntas fazer.
O curso foi de segunda a sexta durante o período da manhã. Tinha horas que eu queria morrer, sair de lá porque essas coisas são muuuuito chatas como todo o processo de busca por emprego, mas devo admitir que foi um dos cursos mais válidos em toda minha vida. Com certeza o que aprendi nesta semana será seguido por muitos anos. É também um processo de auto-conhecimento.

12 agosto 2007

Domingo no Parque

Boa tarde minhas amigas de casa, minhas colegas de trabalho. A-ai!
Fiquei um bom tempo deixando a Jeanne cuidar sozinha do blog (eu ajudava apenas com a revisão), mas hoje ela me intimou a escrever sobre o nosso fim de semana festivo. Agora que começaram as minhas entrevistas de emprego, o final de semana voltou a ser um período de descanso, por isso decidimos passear bastante.
No sábado fomos a um festival de culinária grega Taste of the Danforth. A avenida, que é bem larga, fica fechada por um bom trecho e os restaurantes da região, nem todos gregos, montam barraquinhas vendendo pratos típicos por bons preços. O souvlaki dos gregos, espetinho geralmente de frango ou carne de porco, é vendido em quase todos os restaurantes de todas as nacionalidades. Tinha até "caipirinha brasileira" e guaraná (anunciado como Antártica, mas só tinha Schin). E é claro que tinha o famoso "churrasquinho grego" (não sei como eles chamam por aqui, mas parece tão nojento quanto o do Brasil). Dos maiores que eu já vi.



Debaixo de um sol inclemente, comemos umas tiras de carne num pão sírio (pita bread) e ainda assistimos uma apresentação de dança do ventre (egípcia).


Mas estava muito quente e decidimos voltar para casa. Já tínhamos andado até o final do evento, e depois de volta ao início. O mais impressionante é que, no meio da avenida, montaram uma quadra de vôlei de praia, um pequeno campo de futebol infantil com grama sintética, uma árvore para escalada e uma pista de patinação no gelo. Como eles conseguiram gelo debaixo de 30°C eu não sei dizer, mas desconfio que era algum material sintético também.


No domingo, fomos finalmente conhecer o High Park. O Centro Cutural Brasil-Angola promoveu um churrasco de confraternização e é sempre bom conhecer mais pessoas, em especial o Gean, que só conhecíamos "virtualmente". E também é sempre bom poder comer uma comidinha mais familiar (com gosto e sem pimenta). Tinha bastante picanha e outras coisas que não se acha por aqui, como farofa e brigadeiro.
E também conhecemos gente muito legal, inclusive um venezuelano (Glen) e uma japonesa (Mai) e pudemos conversar bastante sobre as diferentes culturas e explicar algo sobre a culinária e os costumes brasileiros.
No final, foram sorteado alguns prêmios e eu ganhei um aparelho de rádio e CD portátil. Talvez seja um sinal de que minha sorte está melhorando.


No meio do churrasco começou a chover, mas tínhamos uma área coberta bem grande e a chuva nem atrapalhou, e ainda refrescou um pouco o calor insuportável que vinha fazendo durante a semana toda. É claro que, depois de comermos até não caber mais, os brasileiros já começaram a formar a rodinha de samba - com cavaquinho e tudo. Evidentemente, essa era a nossa deixa para sair de fininho. Uma coisa do Brasil de que ainda não estamos sentindo falta é da barulheira.
Como estava chovendo, não pudemos passear por dentro do parque e procurar os esquilinhos cinzas. Só vimos um, na saída, que, para a nossa decepção, era da mesma cor escura dos que temos em volta de casa.

08 agosto 2007

1, 2, feijão com arroz


Já morei fora do Brasil durante 4 anos por isso não imaginei que fosse sentir tanta falta de um feijãozinho com arroz.

Fora esse calor insuportável que tem feito desde que chegamos aqui (hoje a sensação térmica é de 36 graus) a comida tem sido o fator mais difícil para minha adaptação, não só por causa da pimenta, mas também pela falta de sabor e de coisas saudáveis.

O almoço sempre foi a minha principal refeição, portanto a mais gostosa, mais agradável e aqui eu tive que abrir mão disso para ficar entre extremos: ou como só salada ou só porcaria, não tem meio termo. Quando começarmos a trabalhar a tendência é só piorar. Preciso me acostumar a comer muffins, donuts e cereais no café da manhã, nada de pãozinho de forma integral com queijo branco e chá sem açúcar. Ah, ovos com bacon? No, thanks!

Mas como a vida não é feita só de espinhos eu consegui contornar a situação prepando minha própria comida! Sim, perdi o medo desse fogão elétrico esquisito e fiz arroz e picadinho de carne com bastaaaante cebola. Ai, que manjar dos deuses!

Bem, o arroz ficou empapadíssimo como era de esperar. Eu já havia sido alertada sobre a impossibilidade se se fazer um arroz soltinho por estas bandas.
Feijão eu não fazia nem no Brasil, então resolvi seguir a dica da Dani e comprei uma lata de Pinto Beans que me quebrou o galho.

Vocês devem estar se perguntando se a foto aí de cima é do prato que preparei. Não, ela é do Brazilian Star, um restaurante brasileiro que fica no 1242 Dundas West, em pleno bairro portuga. Me senti em casa quando vi a comida posta na mesa.

O prato com esta maravilhosa picanha na chapa sai por $14, já com as taxas inclusas e dá para duas pessoas.

Tenho falado muito sobre comida nestes últimos posts e bastante sobre o bairro Português, afinal, estamos morando nele até setembro e pretendemos explorar o que ele tem a nos oferecer, assim como fizemos com Gay Village.

Como nem só de comida vive o ser humano, estamos procurando emprego sim. Meu resume finalmente ficou com cara canadenses depois de passar dias e dias no Skills for Change.

Ontem o Pedro recebeu o primeiro telefonema de uma head hunter que deve ter achado o resume dele no Workopolis. Foram 30 minutos de tensão ao telefone, 1 milhão de perguntas e a promessa de que ela ligaria novamente. Estamos esperando.

05 agosto 2007

Andando por aí

Esta foi a primeira vez que a dona Antonieta visitou Toronto, portanto, nada mais justo do que comprar souvenirs para levar para os netos, genros, filhos e amigos e o ideal para isso é nas proximidades da Yonge x Wellsesley, bem pertinho de onde estávamos hospedados.

Além das lojas que vendem tudo a $1 tem uma lojinha especializada em souvenirs canadenses a preços convidativos. A promoção atual é de 3 camisetas por $9,99.
Se você sentir sede ou fome durante as compras basta ir na loja ao lado chamada Papaya Island, 513 Yonge.

Não se deixe levar pela aparência de boteco do local porque o dono é muito simpático e os smoothies e sucos que ele prepara são divinos. Nós tomamos um que tem de tudo: mamão, pêssego, banana, côco e mais muitas outras frutas que eu não me lembro. Um copo vale por uma refeição e você ainda tem direito a pedir um sanduíche ou sopa, tudo natural e feito com farinha integral.

Nós pedimos o chilly, que apesar do nome não tinha muita pimenta. O que eu conheço tem bastante feijão e carne moída, mas nesse eu só vi alguns grãozinhos e nada de carne, mas nem por isso estava menos saboroso.

A surpresa da casa fica por conta do açaí com guaraná "vindo direto da Amazônia". Para quem duvida aí vai a foto:

04 agosto 2007

Uma noite na Espanha

Otília e Haroldo

Hoje foi o dia de nossa primeira mudança. Logo cedo o Luiz e a Diane passaram no hotel para pegar os mais de 120 quilos que temos em malas e seguimos para nosso "homestay".

Hoje também foi dia de recebermos visitas: Otília - irmã do Pedro, seu marido Haroldo, a filha Beatriz, a d. Antonieta mãe do Pedro que veio visitar as filhas nos EUA com um porta malas abarrotado de coisas para nossa futura casa. Claro que ela voltou com ele quase cheio porque não temos como "armazenar" tudo em um quarto com mais milhares de malas. Mas o bom disso tudo é que não vamos precisar comprar quase nada quando nos mudarmos.

Como estamos próximos ao bairro Português eles fizeram questão de dar uma voltinha para conhecer o Nosso Talho, a Churrasqueira do Sardinha e todo o comércio da região. Ficamos incumbidos de levar paio pra Otília quando formos visitá-la. Espero que essa não seja uma missão impossível.

À noite, ela e o Haroldo nos levaram a um restaurante espanhol para comer "tapas".
Segundo a Otília, na Espanha as pessoas costumam jantar tarde, por volta das nove e meia da noite porque em torno das 19 horas elas se sentam em restaurantes ou bares para comer "tapas" que nada mais são dos que aperitivos.

O local escolhido foi o Embrujo Flamenco, que fica na 97 Danforth Ave. É necessário fazer reserva antes porque o local lota por causa da deliciosa comida e das danças flamencas que são apresentadas ao vivo.

Tem "tapas" para todos os gostos, inclusive o vegetariano, mas o que eu mais gostei foi o Solomillo en Salsa de Mostaza, pequenas fatias de carne de boi ao molho de mostarda suave sobre uma cama de fritas. Foi a primeira vez que comi algo gostoso nessa cidade. Pena que as porções são pequenas, por isso recomenda-se que cada pessoa peça 4 tipos de tapas.

Entre as coisas "esquisitas" da casa estão o camarão com molho de chocolate, que eu não sei se é bom porque não como coisas que nadam. Tem também o damasco envolto em bacon. Parece estranho mas eu me rendi à novidade e adorei! Até o Pedro que não gosta de damasco deliciou-se com vários pedaços.

A carne de avestruz também é saborosa. Apesar de ser considerada "branca" ela tem aparência e gosto praticamente idêntico ao da carne de boi, com a vantagem de ser muito mais saudável, o problema é o preço.

A atração da noite ficou por conta de 2 dançarinas (acho que eram legítimas espanholas) e um rapaz que toca violão enquanto elas animam o público com suas castanholas.

Ah, o melhor de tudo isso? A comida não tem pimenta!

Eu, Pedro e dona Antonieta no Embrujo Flamenco

02 agosto 2007

Já temos casa!

Sim, é verdade! A partir de primeiro de setembro seremos os mais novos vizinhos do pessoal de North York. Pensaram que iam se livrar de mim, hein?
Recebemos a notícia pela manhã e ficamos mais aliviados do que contentes porque a pior coisa é ficar nesse estado "homeless" (embora tenhamos a casa do Luiz para ficar até setembro).

Como nem tudo são flores, o dono do hotelzinho em que os cachorros estão lá no Brasil me ligou dizendo que recebeu uma proposta de emprego para trabalhar em Montreal. Pois é, mais um brazuca saindo da terrinha.
Até aí tudo bem, o problema é que ele vai fechar o hotelzinho até o meio de agosto e quem ficará homeless serão meu bichinhos.

Claro que estou desesperada com a situação, pensamos até em trazê-los para cá e deixá-los num hotelzinho, o problema é o preço que além de ser mais alto que no Brasil ainda é em dólar.

Tenho uma amiga que está tentando encontrar moradia para eles mas nada é garantido. O que me dá mais pena é eles ficarem indo para lá e para cá na mão de estranhos e ainda terem essa longa viagem até aqui. Tadinhos.

Capachinho e Piaçava homeless